A CRIMINALIDADE JÁ NOS PREOCUPAVA EM 1952 - Correio da Lavoura

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16 de nov. de 2021

A CRIMINALIDADE JÁ NOS PREOCUPAVA EM 1952


No final dos anos 40 e por toda a década de 50 do século passado o CL contou com a preciosa colaboração de um magnífico desenhista. Assinava-se Gil, na autoria de charges, caricaturas e ilustrações diversas. Além de colaborador, um amigo que teve em Luiz Martins de Azeredo um entusiasmado promotor, aqui no CL, do seu trabalho.

Nos anos 50, particularmente, Gil na ilustração e Luiz nos diálogos, lançaram, sempre na primeira página, o bate-papo de dois compadres que, no encontro de uma simulada esquina da cidade, paravam para falar de algum tema que estivesse em questão naquela semana. Falavam de política, de esportes, da vida social, da cidade em si... e ocasionalmente da criminalidade.

Neste Nossa Memória, o CL reproduz este encontro de compadres que virou seção da primeira página do Lavoura por mais de dez anos, com ilustração de Gil e diálogos de Luiz Martins de Azeredo.

Eis o bate papo:

- Os crimes bárbaros estão se repetindo, compadre, inclusive neste Município. Soube o que aconteceu em Vila de Cava?

- Soube, compadre. Os indivíduos José de Brito, Jorge e Manoel de Brito Sobrinho assassinaram friamente o mata-mosquito Tiago José Moreira, saquearam-lhe o cadáver e ainda brutalizaram a sua companheira Arlete dos Santos.

- Isso mesmo, compadre. Foi um crime revoltante. Felizmente, dois dos acusados já caíram nas mãos da Polícia, que deve agir assim, pronta e rapidamente. A sociedade precisa ser defendida contra todos os ladrões e assassinos que a afligem e mancham de sangue.

(Texto reproduzido na íntegra da edição de 30 de março de 1952)