ESTADO INICIA MUTIRÃO DE RETIRADA DE CÁLCULOS RENAIS NO RIO IMAGEM BAIXADA - Correio da Lavoura

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28 de jul. de 2025

ESTADO INICIA MUTIRÃO DE RETIRADA DE CÁLCULOS RENAIS NO RIO IMAGEM BAIXADA

Ao todo, 20 pacientes fizeram a litotripsia, tratamento que fragmenta os 
cálculos sem a necessidade de cirurgia na sexta (25); outros 30 farão ao 
longo da semana; objetivo é reduzir o tempo de espera pelo procedimento

(Foto: Mauricio Bazilio)

O Governo do Rio, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), realizou na sexta-feira (25) a primeira etapa do mutirão de litotripsia extracorpórea, procedimento que usa ondas de choque para fragmentar cálculos renais de forma não-invasiva, sem a necessidade de cirurgia. Os atendimentos foram feitos no Rio Imagem Baixada, em Nova Iguaçu. Inicialmente, foram beneficiados 20 pacientes, outros 30 farão o exame ao longo da semana. O objetivo é reduzir o tempo de espera pelo exame no Sistema Estadual de Regulação (SER).

O mutirão atendeu tanto pacientes que buscaram o procedimento pela primeira vez, quanto os que já fizeram e necessitavam de uma segunda sessão. O tratamento resolve as dores renais ao fragmentar os cálculos. Em poucos dias, os resíduos podem ser expelidos na urina. Para cálculos maiores, pode ser necessário repetir o procedimento. O exame é ofertado pelo Estado nas duas unidades do Rio Imagem, no Centro do Rio e na Baixada Fluminense. Na unidade de Nova Iguaçu, as cirurgias não-invasivas de litotripsia passaram a ser feitas em maio deste ano.

“Este é mais um dos mutirões que o Governo do Estado está promovendo para ampliar o acesso a procedimentos especializados no SUS e reduzir as filas de espera. A litotripsia aumenta a qualidade de vida do paciente e dispensa internação. É um tratamento rápido, feito em menos de uma hora, onde o paciente se livra das dores renais. Quem já passou pelo problema sabe do sofrimento”, destacou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

A fila de espera por tratamento de cálculos renais (urolitíase) vem diminuindo de forma significativa no estado. Em fevereiro, 1.841 pessoas aguardavam pelo procedimento. Hoje, esse número caiu para 608 — uma redução de 67%, resultado direto da ampliação dos atendimentos nas unidades do Rio Imagem, tanto na Baixada quanto no Centro do Rio.

Para ter acesso ao procedimento, é preciso ter a indicação médica de um urologista. Os pacientes são inseridos no Sistema Estadual de Regulação (SER) e agendados para o serviço. Após a sessão de litotripsia, o paciente recebe um novo exame de imagem e laudo que afere se há necessidade por um segundo procedimento ou se pode voltar ao acompanhamento no seu município.

A advogada Maria Eduarda Monteiro, de 29 anos, foi uma das atendidas nesta sexta-feira. A moradora de São Pedro da Aldeia conta que as cólicas renais atrapalhavam sua vida desde o início do ano.

“A dor da pedra nos rins é um incômodo constante que só alivia quando retiramos. Estou ansiosa para me livrar logo desse sofrimento. A gente sente febre, calafrios, inflamação. Ainda bem que esse pesadelo vai acabar logo”, contou a paciente, pouco antes de passar pelo procedimento.

De acordo com as orientações médicas, após o exame, não é preciso ficar em repouso, apenas evitar exercícios intensos. Em caso de cólicas, seguir a prescrição médica. É indispensável ingerir ao menos dois litros de líquido nos dois dias seguintes à cirurgia, podendo ser água, chás ou sucos naturais para acelerar a eliminação do cálculo.

Moradora de Valença, a costureira Miriam da Silva, de 52 anos, destacou a praticidade de fazer o procedimento no Rio Imagem Baixada.

“Há um ano eu comecei a sentir dor, desde então fiz os exames, e descobri as pedras nos rins. Hoje quero que essa dor acabe. Esse procedimento é muito bom, vai facilitar minha vida e evitar uma cirurgia”, disse a costureira.

GOVERNO TAMBÉM REALIZA OUTROS MUTIRÕES PARA REDUZIR AS FILAS DE ESPERA

O tratamento de cálculos renais não é o único que tem sido ofertado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) para reduzir as filas de espera do Sistema Estadual de Regulação. No dia 12 de julho, 50 pacientes passaram por cirurgias de catarata em mutirão no Instituto Estadual de Olhos. No Hospital Estadual Zilda Arns, em Volta Redonda, foram feitos 100 atendimentos de consultas e exames prévios para cirurgias ortopédicas de quadril e joelho no dia 19 passado.

Outro mutirão aconteceu neste sábado (26) no Instituto Estadual de Olhos, em Senador Vasconcelos, Campo Grande. Desta vez, 150 pessoas passaram por consulta de avaliação para cirurgia de retina.

“Os mutirões são importantes para agilizar o atendimento a esses pacientes que podem ter o quadro agravado dependendo do tempo de espera. Essa é uma estratégia do Governo do Rio para que os pacientes tenham qualidade de vida e se livrem de problemas que podem deixá-los incapacitados para as funções do dia a dia”, afirmou a secretária Claudia Melo.