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3 de fev. de 2021

TROCANDO EM MIÚDOS

Por Almeida dos Santos



Quase um dever
O presidente da Câmara, Dudu Reina (PDT), terá pela frente a responsabilidade de administrar um parlamento formado por 11 vereadores e sem nenhuma mulher eleita. Tanto ele, quanto quem for presidir a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, terá pela frente esta responsabilidade de fazer com que a Casa elabore políticas para as mulheres e, mais ainda, traga para o debate o papel da mulher na política.

Quase um dever II
Sabe-se que com 11 vereadores homens no plenário não terá fala feminina da tribuna. Problemas que afetam as mulheres da cidade poderão ser sim, abordados no parlamento. Neste caso, o que poderia fazer a Comissão de Defesa da Mulher seria inovar na interlocução com as mulheres e formatar uma parceria com órgãos do Poder Executivo para isso.

Comparando
Hoje no quadro de secretarias que fazem parte da administração municipal, são quatro secretárias titulares que ocupam uma das 18 secretarias existentes. Se colocar os órgãos como a Previni, a Emlurb, a Codeni, a Fenig e a Procuradoria, o número vai para 23 órgãos de destaque na estrutura do governo. E neles continuam apenas quatro mulheres no comando.

Parece desprezo
Ao analisar o número de vereadores (11) e o número de secretarias (23), são 34 representatividades das estruturas dos poderes, sendo destes, apenas quatro mulheres. Um absurdo quando se compara o papel da mulher na força de trabalho no setor privado.

Deveria incentivar
O prefeito Rogerio Lisboa tem em mãos a possibilidade de mudar este quadro, isso atendendo tanto os critérios políticos, como técnicos. Só depende dele e se a Dona Erika, a primeira-dama, forçar a barra.

Um problema antigo
O domínio masculino sobre a política na cidade é devidamente claro. E isso não é de agora. Mas o interessante é que chega o dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher) o município realiza aquelas marchas das mulheres, o que esse ano nem isso terá por conta da pandemia.

E aí?
A grande pergunta é: Como os poderes municipais podem reverter essa situação? Tem algumas sugestões: uma delas é que o Poder Legislativo crie uma lei que determine um percentual mínimo de mulheres ocupando secretarias. E no caso da própria Câmara tentar, de uma forma ou de outra, fazer com que a Comissão Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher avance em suas políticas.