GOVERNO ALEMÃO É PARCEIRO DE NOVA IGUAÇU PELA PRESERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA - Correio da Lavoura

Últimas Notícias

6 de jun. de 2019

GOVERNO ALEMÃO É PARCEIRO DE NOVA IGUAÇU PELA PRESERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA

No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na última terça-feira (5), a Prefeitura de Nova Iguaçu deu mais um passo em direção à preservação da natureza. Estudantes universitários dos cursos de Geografia, Pedagogia e Engenharia Civil participaram do lançamento do Programa Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica. O evento foi realizado no auditório da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) – campus Nova Iguaçu e reuniu cerca de 60 pessoas.

O programa tem como objetivo principal a elaboração dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, uma parceria entre a Prefeitura de Nova Iguaçu, o Governo do estado, o Ministério do Meio Ambiente e o Governo alemão. Segundo o coordenador de Gestão de Áreas Protegidas e Biodiversidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Turismo de Nova Iguaçu (SEMADETUR), José Arnaldo Oliveira, o plano tem como expectativa criar ações e programas que venham a ser fomentados pelo Governo alemão.

“Eles se propõem a financiar as ações e atividades definidas no programa, seja no campo da pesquisa, da recuperação florestal ou da educação ambiental. Nova Iguaçu passa a ser um grande laboratório num contexto metropolitano e mundial. Se este programa der certo, a cidade será um exemplo para o restante do mundo”, afirma José Arnaldo.

Nova Iguaçu tem 66% de seu território composto por áreas verdes. Com as mudanças climáticas afetando o planeta e a população, a preservação destas áreas é uma das principais preocupações do município. Para o superintendente de Áreas Verdes da cidade, Hélio Vanderlei, a conservação e recuperação da mata atlântica é o maior desafio para toda a região metropolitana. Ele explica que a Serra de Madureira, desde o Caonze ao Km 32, é como uma “cabeça careca” que quando chove a água desce em velocidade e leva terra solta para o sistema de drenagem e rios da cidade.

“Gasta-se dinheiro para limpar e esperar a próxima chuva para acontecer tudo de novo. Se em 10 anos uma equipe de 150 pessoas, entre elas engenheiros florestais, técnicos e estudantes, plantar seis milhões de árvores, a gente vai perceber que a água da chuva vai descer sem solo. Ou seja, o sistema de drenagem não vai entupir, os rios não vão assorear e transbordar”, explica o superintendente da SEMADETUR.

Ao final da explanação os alunos puderam tirar dúvidas sobre o Programa Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica e fizeram uma roda de conversa sobre os temas abordados.

Crédito - Alziro Xavier