O angiologista Joé Sestello fala sobre riscos e tratamento
A trombose é a formação de um coágulo (trombo) dentro de um vaso sanguÃneo (artéria ou veia) que impede o fluxo normal do sangue. A mais comum é a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre nas veias das pernas, mas também pode afetar outras partes do corpo. A trombose ainda é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. De acordo com uma estimativa da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, a condição e suas complicações são responsáveis por 1 em cada 4 óbitos. No Brasil, a realidade é alarmante: somente no primeiro semestre de 2025, mais de 36 mil novos casos foram registrados, segundo o Ministério da Saúde. Dada a relevância, o dia 13 de outubro marca o Dia Mundial da Trombose.
Apesar da gravidade, muitas vezes a trombose passa despercebida ou é diagnosticada tardiamente. Isso porque os sinais podem ser silenciosos, mas não deixam de merecer atenção: dor, inchaço, calor e alteração da cor das pernas. Quando não identificada e tratada precocemente, a trombose pode evoluir para complicações graves, como a embolia pulmonar.
De acordo com o presidente da Unimed Nova Iguaçu, Dr. Joé Sestello, existem vários fatores de risco para a trombose: imobilidade prolongada em viagens longas ou hospitalizações, histórico familiar, cirurgias, obesidade, histórico de câncer, o uso de anticoncepcionais ou terapias hormonais. Sestello, que é angiologista e cirurgião vascular/endovascular, alerta também para outros fatores, como tabagismo, idade avançada, gravidez e doenças crônicas.
A trombose tem cura e o objetivo do tratamento é dissolver o coágulo, restaurar a circulação e impedir novas formações, geralmente com medicamentos anticoagulantes. É crucial buscar avaliação médica para diagnóstico e tratamento precoce, o que pode envolver medicamentos, uso de meias de compressão e mudanças no estilo de vida. A recuperação completa depende da extensão do coágulo e da resposta do paciente ao tratamento.
