AÇÃO SOCIAL PELO DIA DA MULHER NEGRA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA - Correio da Lavoura

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4 de ago. de 2025

AÇÃO SOCIAL PELO DIA DA MULHER NEGRA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA

Prefeitura de Nilópolis e a Defensoria Pública do Estado realizaram 
atendimento jurídico, de saúde, beleza e cultura no Calçadão de Nilópolis


Moradora do bairro de Nova Cidade, Sônia Regina Silva, 67 anos, passava pelo Calçadão da Mirandela e não perdeu a oportunidade de ser atendida no ônibus da Defensoria Pública do Estado, que participava da ação social voltada as mulheres em homenagem ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, realizado no dia 1º de agosto.

A atividade da Prefeitura de Nilópolis, em parceria com a instituição, abriu as comemorações do mês de aniversário de 78 anos de emancipação do município. "Vim reclamar da empresa de empréstimo consignado que me empurrou um cartão de crédito que nunca usei e está cobrando por isso. E também a instalação de um hidrômetro pela Águas do Rio", contou dona Sônia.


A equipe da Defensoria Pública, era coordena pela defensora pública Mariana Pauzeiro, e prestou atendimento jurídico a pedestres, funcionários das lojas e comerciantes das 9h às 13h. As secretarias de Cidadania e Direitos Humanos (SEMCDIH), Saúde (SEMUSA) e Turismo, Eventos e Juventude também levaram seus serviços.

"Quero agradecer a presença de todos nesta ação linda pelo Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e também a parceria com a Prefeitura de Nilópolis. Estamos aqui promovendo ações de políticas públicas", afirmou a defensora Mariana Pauzeiro, cuja equipe distribuiu ainda lanches para servidores municipais que auxiliavam na organização do evento.


Por sua vez, o secretário de Cidadania, Renato da Van, lembrou que a Prefeitura, por meio de várias pastas municipais, estava ali para zelar pela saúde da mulher nilopolitana. " Trabalhamos melhor quando recebemos críticas construtivas, como as da dra. Mariana. O prefeito Abraãozinho, ao lado dos deputados estadual Rafael Nobre e federal Ricardo Abrão, está atento às solicitações", observou.

Servidores da Saúde realizaram teste de glicose, aferição de pressão arterial, agendamento de exames preventivos, vacinação contra gripe, sarampo e HPV, além de orientações sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Quando necessário, eles fariam encaminhamento para consultas em postos de saúde ou no Hospital Municipal Juscelino Kubitschek.


As mulheres que passavam pelo local podiam também cortar ou trançar o cabelo ou mesmo fazer maquiagem gratuitamente com oficineiras da Casa da Mulher Nilopolitana, instituição vinculada à Superintendência dos Direitos da Mulher, da SEMCDIH.

Entre as barracas da Feira Solidária, que vendiam doces e outros produtos fabricados por mulheres da cidade, uma se destacava por vender símbolos da cultura negra, como orixás feitos com a técnica japonesa de crochê amigurumi, que permite a criação de bonecos tridimensionais. As divindades religiosas também eram representadas na tampa de canetas e em chaveiros.

Ali também estava à venda o livro 'Atrevimento', da escritora e professora da rede municipal de ensino, Denise Cruz. A composição trata de como mulheres negras podem subverter e se empoderar daquilo que sonham. Denise Cruz tem outras publicações lançadas e já participou da Bienal do Livro.

Estiveram presentes ao evento ainda o secretário de Turismo, Leonardo Monteiro, o subsecretário de Saúde, André Loureiro, o secretário de governo, Davi Chagas; o coordenador da Ordem Pública, Arnaud Lopes, a coordenadora dos Conselhos Municipais, Inez Simpliciano e a superintendente da Diversidade Sexual, Bárbara Sheldon.

As senhoras do grupo Flor da Alegria Nilopolitana, que dançam carimbó na Casa da Terceira Idade do Cabral, animaram a atividade. Elas se reúnem todas as segundas-feiras para praticar a dança típica do Pará, na região Norte do Brasil, que mistura influências indígenas e negras.