A BANCA DA PRAÇA DA LIBERDADE - Correio da Lavoura

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19 de out. de 2020

A BANCA DA PRAÇA DA LIBERDADE

 

Na década de 50, o imigrante italiano Calvano Salvatore, proprietário da Distribuidora Iguaçuana de Jornais & Revistas, controlava com Francisco Colombo (Franco) toda a distribuição de jornais e revistas, de Ricardo de Albuquerque a Nova Iguaçu. Naquela época os jornais eram transportados diariamente pelos trens da Estrada de Ferro Central do Brasil para o escritório central da distribuidora, localizado junto a estação ferroviária. Os jornais, na época em que havia edições matutinas, vespertinas e noturnas, eram disputados com sofreguidão por uma massa de leitores cativos dos mais variados títulos de então, quando a nossa imprensa notabilizava-se pela polêmica (sobretudo política) marcada por uma linguagem invariavelmente contundente. E prova disso faziam o Correio da Manhã, Diário de Notícias, A Noite, O Globo, Tribuna da Imprensa, Última Hora, O Jornal, Jornal do Brasil, Diário Carioca, Jornal dos Sports, além de dois outros ditos populares e que se dedicavam, basicamente, ao noticiário policial, Luta Democrática e O Dia.

Da Distribuidora Iguaçuana de Jornais & Revistas, a banca mais frequentada, ponto de encontro para bate-papos sobre futebol e política, permeados pelas costumeiras fofocas do dia a dia, foi certamente a banca da Praça da Liberdade, inaugurada em 1943. A foto acima fixa um desses momentos, no ano de 1956. Da esquerda para a direita, vemos Altamiro Baroni, Antonio de Luca (jornaleiro), Francisco Colombo (Franco) lendo revista, de óculos escuro, Joaquim dos Santos Oliveira (Bambaia), Irineu de Freitas e mais alguns populares não identificados. (Foto do arquivo de Francisco Colombo, este grande amigo e colaborador do Correio da Lavoura, veiculado pela primeira vez na edição de 28 de junho de 1997 – há 23 anos, portanto)