Abrigar, amparar, proteger e
confortar. Este é o significado da palavra ‘acolher’. E estas são algumas das
ações que norteiam o serviço ‘Família Acolhedora’ que será lançado pela
Prefeitura de Nova Iguaçu, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social
(SEMAS), nesta quarta-feira (14).
O projeto visa buscar famílias
que se disponham a acolher em suas casas, crianças ou adolescentes afastados do
convívio familiar de origem por meio de medida de proteção. O objetivo do
serviço é interromper o ciclo de violação de direitos dos acolhidos.
“É um projeto que vai oferecer
uma nova alternativa de acolhimento para crianças e adolescentes em situações
de risco e vulnerabilidade. É uma opção mais humana, que vai proporcionar a
estas crianças um amparo emocional mais seguro. Sabemos que nada substitui a
convivência e os laços familiares”, explica o prefeito Rogerio Lisboa.
O serviço foi regulamentado
por lei municipal (Lei 4.790 de 05 de setembro de 2018) e estabelece
bolsa-auxílio para apoiar nos custos dos acolhidos, meninos e meninas de 0 a 18
anos, inclusive aqueles com deficiência. Todo o processo de acolhimento e
reintegração familiar será acompanhado pela equipe técnica do serviço, composta
por uma coordenadora, uma psicóloga, uma assistente social, e um assistente
administrativo, em conjunto com a Vara da Infância e da Juventude.
“O acolhimento é provisório.
Não se trata de adoção. As famílias terão uma guarda especial e temporária”,
esclarece a secretária da SEMAS, Elaine Medeiros.
FAMÍLIA ACOLHEDORA NÃO É EMPREGO – Embora estabeleça bolsa-auxílio
às famílias que acolherão as crianças e adolescentes, o Família Acolhedora não
é um emprego, mas sim um trabalho voluntário. “Este serviço deve ser prestado
por pessoas da comunidade, com disponibilidade de oferecer carinho e cuidado
aos acolhidos que não podem continuar com suas famílias”, explica Elaine
Medeiros.
Para se tornar uma Família
Acolhedora, os interessados devem ter mais de 21 anos, residir em Nova Iguaçu e
em imóvel com espaço e condições adequadas ao acolhimento, ter boas condições
de saúde física e mental, disponibilidade de tempo e capacidade de dar afeto
aos acolhidos, além de não possuir registro de antecedentes criminais.
“É importante também que não
haja discordância entre os membros da família e que ela não tenha interesse em
adoção”, ressalta a secretária de Assistência Social, lembrando que a guarda é
apenas temporária.
As famílias podem se inscrever
diretamente nos CRAS E CREAS do município e também na sede do serviço ‘Família
Acolhedora’, na Rua Dr. Luiz Guimarães, 956, no prédio da SEMAS. A equipe
técnica do serviço entrará em contato com os interessados para o agendamento
das próximas etapas do processo seletivo.