TROCANDO EM MIÚDOS - Correio da Lavoura

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4 de jun. de 2019

TROCANDO EM MIÚDOS

Por Almeida dos Santos

O vice passa a ser estratégico
As pré-candidaturas surgidas no cenário não apontam vices. Neste processo eleitoral, quando as alianças ocorrerão apenas nas majoritárias, esse papel passa a ter uma importância maior do que nas outras eleições. Pelo que mudou na propaganda eleitoral, que foi reduzida e mais limitada, caberá aos vices potencializar a imagem da chapa, usando também as redes sociais e sendo mais proativo que no modelo dos vices de enfeite. Um vice de enfeite ou só para cumprir acordo político não terá o mesmo peso caso não tenha a capacidade de formular política independente das amarras do que se chama “cabeça de chapa”.
Além do peso que tem uma legenda agregando, agora com a redução oficial do tempo de campanha nas ruas, somada a inexistência das alianças nas proporcionais e o fenômeno das redes sociais, o vice passa a ser estratégico dentro de uma área geográfica eleitoral ou em seguimento de categoria. Um vice representando redutos eleitorais da periferia será instrumento de demarcação de espaço geográfico também. Ou seja: se o vice for de um bairro com colégio eleitoral forte, óbvio que nessas regiões, a capilaridade da campanha ganhará mais entrada. Dará ao candidato a prefeito o discurso de que os bairros periféricos terão representação no governo.
Imaginem a região de Miguel Couto, por exemplo, tendo um nome de lá numa chapa majoritária. É uma demarcação de espaço eleitoral importante, desde que a imagem do vice esteja muito ligada ao bairro. Citei Miguel Couto por ser um grande colégio eleitoral, mas poderia citar também do corredor viário da Estrada de Madureira, o Km-32 ou até mesmo a região de Vila de Cava, Santa Rita e adjacências.
Além da “quebra” do poder político que gira em torno do Centro da cidade, colocar um vice da periferia sinaliza que a atenção do candidato estará voltada para o entorno do município. Dar voz aos bairros periféricos, através da representação de um vice na chapa, muda a lógica e mostra que o postulante a prefeito reserva um espaço para as comunidades periféricas que viraram grandes centros. Ter um vice na periferia representado na disputa majoritária é importante.
Vamos aguardar para ver se escolherão os vices que ajudam bancar a festa ou ajudam diretamente no pedido do voto.

Podemos?
Pré-candidato pelo PDT na disputa pela Prefeitura de Nova Iguaçu, o deputado estadual Max Lemos anda namorando o Podemos, legenda pela qual Romário é senador e cacique do partido no Estado.

Inventa outra
O deputado Luiz Antônio Teixeira Júnior quer discutir a transformação da Reserva Biológica de Tinguá em Parque Nacional, mas lá em Brasília e sem consultar o que os moradores daquela região pensam sobre o assunto. Vou falar que isso é deselegância, para não classificar como desrespeito. A Reserva completou 30 anos no dia 23 de maio.

Bravata
Lembram da Secretaria de Segurança Pública que o prefeito Rogerio Lisboa prometeu como a grande solução para o enfrentamento da violência? Pois, é! Nas ruas o nome dela é saudade. Os contratos expiraram.