Por Almeida dos Santos
A violência contra as mulheres tem sido uma questão preocupante e merece o empenho de todos, independentemente do gênero, para enfrentar essa triste realidade. Trata-se de uma luta que transcende simpatias políticas, eleitorais ou partidárias.
Anualmente, vemos com muita satisfação as caminhadas promovidas pela Secretaria Municipal de Saúde para alertar sobre a saúde da mulher, em especial sobre o câncer de mama. Esse tipo de campanha é importantíssimo. Mas acredito que a Secretaria da Mulher, conduzida com zelo pela vice-prefeita, Dra. Roberta Teixeira, deveria mobilizar todos os setores da estrutura administrativa de Nova Iguaçu para uma grande marcha contra o feminicídio e a violência contra a mulher. Um ato amplo, convidando instituições como a Câmara Municipal, a OAB, a DEAM, a Guarda Municipal e todos os que possam engrossar o grito e dar um basta a essa cultura machista. Os tempos estão assustadores. A mobilização municipal é fundamental. A violência contra a mulher está para lá de alarmante.
Vou além…
O prefeito Dudu Reina poderia instituir o ano de 2026 como o “Ano de Enfrentamento ao Feminicídio” e promover, ao longo de todo o período, por meio da Secretaria da Mulher e demais órgãos municipais, uma série de campanhas institucionais espalhadas pelos imóveis públicos, orientando as mulheres sobre como devem proceder e a quem procurar em casos de agressões físicas ou psicológicas. Declarar 2026 como o “Ano de Enfrentamento ao Feminicídio” seria um ato necessário e louvável. Pequenos gestos podem se transformar em grandes ações.
Sobre a Câmara
Hoje, a Câmara Municipal conta com 23 vereadores, todos do sexo masculino. Seria uma questão de honra que a Casa, por meio da presidência e da Comissão da Mulher, criasse uma pauta positiva de propostas de políticas públicas para o enfrentamento à violência contra a mulher. O presidente Márcio Guerreiro, como representante do Poder Legislativo, poderia firmar uma parceria com a Secretaria da Mulher e, quem sabe, convidar seus pares para uma grande panfletagem com materiais de orientação sobre como proceder em casos de violência.
Só para lembrar…
Ano que vem, mais uma vez, ouviremos a promessa de que o metrô vai chegar à Baixada, entre outras tantas. Promessas e mais promessas. De quatro em quatro anos, tem sido assim. A necessidade de o metrô chegar à Baixada é urgente, sobretudo considerando o tempo que o trabalhador da região perde diariamente no deslocamento até a capital. A Rodovia Presidente Dutra está sendo alargada, e este é o momento para lutar pela chegada do metrô. Qualquer dia veremos “carros aéreos” cruzando o céu, mas não veremos o metrô chegar à Baixada sobre trilhos. Interessante isso.
E o ex-prefeito?
Muitos imaginavam que a imagem do ex-prefeito Rogerio Lisboa estaria mais vinculada ao governo municipal do que tem demonstrado. Lisboa, caso não embarque como vice de Eduardo Paes na chapa que disputará o Governo do Estado, deverá lançar sua candidatura a deputado estadual. Força eleitoral ele tem, e no ano que vem veremos com mais clareza como ficará o cenário político local.
Perigando?
A única coisa que o deputado estadual Rodrigo Bacellar ainda detém é a presidência da Alerj, o que lhe garante influência no Governo do Estado e em algumas prefeituras. Se perder a presidência, terá de lutar pela reeleição em uma condição nada favorável. Quem irá colar a imagem à dele se o tema da segurança pública tem custado tão caro aos fluminenses?
