A Câmara Municipal de Nova Iguaçu realizou, nesta semana, um fórum dedicado a discutir os impactos ambientais, sociais e sanitários provocados pelo descarte irregular de lixo na cidade. O evento, organizado pelo vereador Marcio Simpatia, reuniu vereadores, autoridades ambientais, especialistas em gestão de resíduos, representantes de associações de moradores e organizações da sociedade civil.
O fórum buscou ampliar o diálogo entre o Legislativo, o Executivo e a população para identificar áreas críticas, fortalecer políticas públicas de resíduos sólidos e construir medidas efetivas que combatam o acúmulo de lixo em vias públicas, terrenos abandonados e margens de rios.
Durante o encontro, o vereador Marcio Simpatia, que conduziu os debates, destacou que o descarte inadequado de lixo é um problema que afeta diretamente a saúde e o bem-estar da população.
“Estamos lidando com um desafio que não é apenas ambiental, mas também humano. O lixo descartado de forma irregular volta para nós em forma de enchentes, mau cheiro, doenças e degradação das nossas comunidades. Precisamos unir forças para mudar essa realidade e criar uma cidade mais limpa e segura para todos”, afirmou o parlamentar.
Marcio Simpatia também reforçou a necessidade de ações permanentes e de conscientização:“A Câmara está comprometida em fiscalizar, propor leis e abrir espaço para que a população participe das decisões. Mas é fundamental que cada morador também faça a sua parte. Uma cidade limpa não depende apenas do poder público, depende de uma cultura de responsabilidade coletiva”, acrescentou o vereador.
Especialistas convidados apresentaram dados que mostram os prejuízos do descarte irregular, como o entupimento de bueiros, riscos de contaminação do solo, proliferação de vetores de doenças e aumento do volume de lixo carreado para rios — fatores que contribuem diretamente para enchentes e degradação ambiental em diversos bairros de Nova Iguaçu.
Representantes de associações comunitárias relataram pontos recorrentes de acúmulo de resíduos e solicitaram ampliação da fiscalização, criação de ecopontos e campanhas educativas contínuas. O fórum também debateu caminhos para fortalecer a Política Municipal de Resíduos Sólidos.
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
A importância da preservação ambiental também foi discutida no fórum. Diante dos desafios enfrentados pelo município, marcado por áreas naturais relevantes, alta densidade urbana e crescente pressão sobre seus recursos. Autoridades públicas, ambientalistas e organizações civis têm reforçado a necessidade de ampliar políticas que garantam a proteção dos ecossistemas e promovam mais qualidade de vida para os moradores.
Reconhecida por abrigar importantes áreas de mata atlântica, como a Reserva Biológica de Tinguá e o Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, a cidade desempenha papel estratégico na conservação de fauna, flora e recursos hídricos essenciais para toda a Baixada Fluminense. No entanto, o avanço do crescimento urbano, o descarte irregular de resíduos, queimadas e ocupações desordenadas continuam sendo ameaças constantes para o equilíbrio ambiental da região.
De acordo com especialistas, preservar o meio ambiente em Nova Iguaçu significa, acima de tudo, proteger suas fontes de água, evitar enchentes, reduzir a poluição, fortalecer o turismo ecológico e garantir condições dignas para as futuras gerações. Eles reforçam que ações preventivas são mais eficazes e econômicas do que medidas emergenciais após desastres.
Para autoridades municipais, a preservação deve ser tratada como política pública permanente. Campanhas educativas, reforço na fiscalização, estímulo à coleta seletiva, gestão adequada de resíduos e recuperação de áreas degradadas são algumas das medidas consideradas essenciais para enfrentar os problemas ambientais.
Ao final do encontro, o vereador Marcio Simpatia ressaltou que o relatório com as propostas discutidas será encaminhado ao Executivo e que novas edições do fórum irão ocorrer. “Este é apenas o começo. Vamos acompanhar de perto as ações, cobrar resultados e manter as portas da Câmara abertas para que a população participe da construção das mudanças que tanto precisamos”, concluiu.
