A MORTE DE JOÃO GUIMARÃES - Correio da Lavoura

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6 de mar. de 2025

A MORTE DE JOÃO GUIMARÃES


“Fomos surpreendidos e ficamos realmente desolados, todos nós do Correio da Lavoura, com o falecimento no Rio de Janeiro do poeta João Guimarães, membro dos mais brilhantes da Academia Brasileira de Filologia, do Instituto Histórico e Geográfico da Cidade do Rio de Janeiro e da Academia de Letras de Ilhéus.

O apreciado poeta de ‘Beijos de Veludo’, ‘Beijos de Amor’ e ‘Beijos Profanos’ nasceu na Bahia, onde exerceu o magistério, dedicando-se a estudos históricos e linguísticos.

Amigo de longa data, pois tivemos a alegria de conhecê-lo quando da Falange Artística inspirada pelo saudoso vate Jarbas Cordeiro, no Esporte Clube Iguaçu, João Guimarães sempre esteve ligado a nós pelo seu carinho, pela sua cativante simpatia e grande coração, valorizando sobremodo as páginas, primeiro de ‘A Crítica’ e até recentemente as páginas do Correio da Lavoura, com sua excelente colaboração, não fosse ele destacado colaborador, também, na qualidade de redator, do tradicional e prestigioso ‘Jornal do Brasil’. Chamava-nos em sua correspondência permanente, sobretudo através de cartas e dedicatórias em livros seus de ‘queridos amigos’, frisando sempre: ‘com o tradicional afeto do leitor e amigo João Guimarães’.

Além de admirável expressão de inteligência e cultura, João Guimarães, o eterno apaixonado de Castro Alves, era uma alma encantadora, deixando no Rio de Janeiro, onde exercia múltiplas atividades intelectuais, vasto círculo de amigos e admiradores que choram, como nós, o seu desaparecimento prematuro”.

(Íntegra do texto de homenagem póstuma do CL ao seu ex-colaborador de excelência, João Guimarães, na página 2, com foto, na edição de 12 de fevereiro de 1967)