Lideranças religiosas receberam diplomas das mãos
do secretário de Cidadania e Direitos Humanos
(Fotos: Mateus Carvalho) |
A homenagem à herança africana e às religiões de matrizes africanas deu o tom da festa realizada pela Prefeitura de Nilópolis em tributo ao Mês da Consciência Negra na última quarta-feira (27). O secretário de Cidadania e Direitos Humanos, Renato da Van, recepcionou convidados e laureados, que atenderam ao chamado da superintendente de Igualdade Racial, Rosimeri Cunha.
"O objetivo deste evento, assim como de nossas ações cotidianas, é conscientizar a população sobre a importância de combater a discriminação e o preconceito, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária", afirmou Renato da Van, que entregou diplomas a lideranças religiosas.
Rosimeri Cunha, por sua vez, salientou que o prefeito Abraãozinho se mostra aberto às atividades propostas pela pasta. "Ele nos apoia quando trabalhamos para fazer valer todos os direitos do cidadão. Seja quanto à igualdade de direitos, religiosidade, sexualidade", listou.
A superintendente de Igualdade Racial contou que Abraãozinho acolheu a reivindicação da Secretaria de Cidadania, por intermédio de sua superintendência, e vai implantar no próximo ano um serviço para tratamento da anemia falciforme no Complexo Cultural Jorge David, perto do Clube Nilopolitano.
"Essa é uma doença que atingia principalmente pessoas negras, mas com a miscigineação, há pessoas brancas com a enfermidade também", revelou Rosimeri Cunha. Ela afirmou que o secretário de saúde, André Esteves, vai oferecer treinamento para uma equipe formada por médico, enfermeiro e assistente social.
O mestre de capoeira Montana fez uma exposição com revistas, cerâmicas com decoração africana, água e terra de Palmares, em Alagoas, onde existiu o Quilombo de Palmares; e posteres de mulheres que fazem parte da história negra, como Luísa Mahin, integrante da Revolta dos Malês, na Bahia, e mãe do abolicionista Luís Gama, advogado e jornalista.
HOMENAGEADOS
Renato da Van entregou moções de congratulações às seguintes lideranças religiosas: pai Lula de Ogum, mãe Ciara de Oiá, mãe Marajó de Ogum; mãe Célia Cândido e pai Ramon de Logun Edé e à Inez Simpliciano, integrante do Conselho de Igualdade Racial. Após a homenagem, os músicos do grupo Amigos da Cor animaram o público.
Artesãs do Fórum de Economia Solidária montaram suas barraquinhas com produtos diversos no paço municipal e alunos da rede municipal prepararam apresentações. Sophia Clemente, 9 anos, da Escola Municipal Companheiros de Maryland, fez uma narrativa antirracista no cotidiano a partir da ideia africana Ubuntu-Eu sou porque nós somos'.
Participantes da turma infantil 5B, no CEI Isaura Sá, prepararam um número de musicalização no dialeto africano. A rede pública municipal promove uma educação antirracista, uma abordagem pedagógica que inclui no currículo escolar o combate ao racismo e a promoção da igualdade racial.