O CINE IGUAÇU - Correio da Lavoura

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30 de nov. de 2020

O CINE IGUAÇU


Inaugurado para ser uma sala de exibição de filmes na linha de programação Luiz Severiano Ribeiro, o Cine Iguaçu, em 1952, dotou a cidade de um cinema comparável aos melhores da então Capital Federal, o Rio de Janeiro. Com capacidade para 1.500 lugares, o cinema, instalado em prédio de primorosa construção, propiciou aos aficionados da Sétima Arte uma sala de exibição elegante e confortável, o que na época representava um enorme avanço aos iguaçuanos que até então só tinham como disponíveis na cidade o velho Cine Verde e o Cine-Teatro Pavilhão Iguaçu (já há muitos anos demolido para dar lugar à agência bancária do Banerj/Itaú), na Rua Otávio Tarquínio.

Na edição de 17 de fevereiro de 1952, o CL assim se reportou à inauguração do Cine Iguaçu: “Ante-ontem, dia 15, finalmente, com a presença de autoridades e numerosas famílias de nossa sociedade, verificou-se a solene inauguração do majestoso Cine Iguaçu, propriedade do Sr. Antônio Vaz Teixeira, exibindo a seguir, em sessão especial, o filme de Joseph Prevney intitulado “O Demolidor”, estrelado por Jeff Chandler. Fez a apresentação daquela casa de espetáculos que honra Nova Iguaçu, e o elogio do seu proprietário, cujo esforço e tenacidade os iguaçuanos admiram e louvam, o deputado federal Getúlio Moura”.

O registro da inauguração se estende em mais dois tópicos de exaltação ao citricultor Antônio Vaz Teixeira, que inaugurou aqui “um cinema de luxo, igual aos melhores da Cidade Maravilhosa”.

A foto acima, do arquivo do CL, é de 1954, e fixa populares à espera da abertura do Cine Iguaçu, num domingo pela manhã, para assistirem ao programa radiofônico “Ciranda dos Bairros”, que trouxe para o conhecimento ao vivo dos iguaçuanos comediantes como Colé, Jorge Loredo, Valter D’Ávila, e cantoras como Emilinha Borba e Marlene – todos de absoluto sucesso conquistado nos palcos de poderosas emissoras de rádio, como a Nacional, a Mayrink Veiga e a Tupi.