A Secretaria de Saúde de Belford Roxo, através da Secretaria Adjunta de Epidemiologia, realizou na Praça Eliaquim Batista, no Centro, uma atividade comemorativa pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo. Durante a ação, duas integrantes do Programa de Combate ao Fumo receberam certificados por terem conseguido ficar sem fumar por um longo período e uma equipe esteve distribuindo informativos e conscientizando a população contra o tabagismo. Um narguilé também esteve em exposição em uma mesa. O tema deste ano da Campanha Nacional de Combate ao Fumo é: “Tabaco ou Saúde: o uso do narguilé”.
O Programa de Combate ao Tabagismo de Belford Roxo tem mais de 100 pacientes cadastrados, que são atendidos nas Policlínicas Neuza Brizola (Centro), Heliópolis, Parque São José, Santa Maria e do Idoso (Farrula). De 2018 pra cá, a redução do número de fumantes no programa atingiu 20%. O número de inscritos tem aumentado significativamente. “Nesta campanha estamos trabalhando o uso do narguilé que é pior do que o cigarro. Uma sessão equivale a 100 cigarros”, destacou a enfermeira e coordenadora do programa de tabagismo do município, Raquel Calixto, ao lado da responsável pela coordenação do programa na Policlínica Neuza Brizola, Denilceia Marins e Sandra Regina que também atua e ajuda na coordenação do programa.
De acordo com a enfermeira, os usuários procuram por conta própria o programa ou são encaminhados. “São quatro sessões e cada policlínica tem um coordenador que ensina mecanismos para cessar o fumo. Alguns usuários contam com o auxílio de adesivo ou medicamento quando necessário. O tratamento é feito durante um ano e ao término dele, os usuários recebem certificados. Caso tenham uma recaída, voltam para o programa. Para participar basta ter a vontade de parar de fumar”, explicou Raquel.
MAIS QUALIDADE DE VIDA
Para o secretário de Saúde, Flávio Vieira, esta é mais uma campanha para prevenção de doenças. “A população precisa ter ciência dos males que o tabaco traz para a saúde. O município conta com programa antitabagismo, no qual as pessoas que querem parar de fumar devem procurar umas das cinco policlínicas que fazem esse trabalho. A Secretaria possui uma equipe treinada e preparada para atender ou encaminhar os usuários ao programa para se livrarem desse mal e diminuir o número de doenças do município”, ressaltou Flávio. O secretário adjunto de Epidemiologia, Robson Sarmento, alertou que a população precisa ter a consciência de que o tabaco é uma droga. “O usuário precisa ser acolhido nos postos, mas ele também tem que fazer sua parte e querer”, finalizou.
Aos 72 anos, Zilda Andreza está há oito meses sem fumar e fez o tratamento na Policlínica Neuza Brizola. “Precisei parar de fumar depois de um AVC. Soube do programa através da minha nora e comecei a me tratar sem o uso do adesivo ou de medicamentos. Gostei muito e a melhora na qualidade de vida é grande”, disse Zilda. Irinéia Marques, 57, também realizou o tratamento na Policlínica Neuza Brizola e está há um ano sem fumar. “Essa é a segunda vez que faço o tratamento. Tive uns problemas familiares e para amenizar o nervosismo voltei a fumar. Agora, mesmo depois de passar por situações de ansiedade, estresse ou o próprio nervosismo, eu não coloquei um cigarro na boca. O tratamento foi bom, usei o adesivo por um tempo e recebi vários conselhos sobre a abstinência. Minha qualidade de vida melhorou, pois moro em uma subida e não me canso como antes, tenho mais ânimo, meu cabelo e pele estão mais bonitos e não tenho mais o cheiro de cigarro na roupa”, ressaltou.
Foto - Rafael Barreto