Por Almeida dos Santos
Movimento esquecido
Criada oficialmente em 26 de agosto de 1975, a partir do registro nº 17.795 feito no Cartório do 3º Ofício de Nova Iguaçu, a Academia de Letras e Artes de Nova Iguaçu (ALANI) - da qual o Prof. Ruy Afrânio foi um dos membros mais ativos - completaria 50 anos em 2025.
A ALANI não deve ser confundida com a antiga Arcádia Iguaçuana de Letras, do passado, nem com a atual Arcádia Iguaçuana dos Amigos das Artes e da Cultura. Tratava-se de um movimento literário e artístico que existiu em Nova Iguaçu e que reuniu nomes expressivos, entre eles ninguém menos que Procópio Ferreira, ator e diretor consagrado na dramaturgia brasileira.
Movimento esquecido II
Pouco tempo depois de sua fundação, a ALANI lançou um livro importantíssimo para a literatura iguaçuana, o “Anuário ALANI 1977”. Nele é possível encontrar o nome de diversas mulheres. Destaco aqui a jornalista, professora, poetisa e conferencista Alice de Oliveira, mineira que viveu em Nova Iguaçu.
Alice integrou a União Brasileira dos Trovadores (UBT), foi agraciada com a Medalha da Associação dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras e recebeu ainda a medalha de ouro “Roberto Marinho”, obtendo o 1º lugar no Curso de Jornalismo Assis Chateaubriand.
Movimento esquecido III
Ao ler os textos de Alice de Oliveira - autora que só conheci agora - posso afirmar a grandeza literária dessa mulher. Mas ela não foi a única a integrar a ALANI.
Outro nome de peso é o de Cybelle de Ipanema, cujo pai era iguaçuano e que mantinha forte vínculo com a cidade. Cybelle era formada em História e Geografia, autora de livros e presidiu por diversas vezes o respeitável Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro. Outro nome grandioso preservado no Anuário.
Movimento esquecido IV
Enriquecendo a lista das mulheres que fizeram parte da ALANI, está Alcy Ribeiro Souto Maior, nascida no Rio de Janeiro, mas integrante ativa da academia. Para se ter dimensão de sua relevância, Alcy era membro da União Brasileira de Trovadores, premiada com medalha de bronze como pintora pela Escola Nacional de Belas Artes e vencedora de três premiações do Conservatório Brasileiro de Música.
Um nome quase nunca lembrado em Nova Iguaçu.
Três grandes mulheres
Como é possível observar, a ALANI foi um movimento artístico de extrema importância para a cidade desde 1975, reunindo membros renomados e premiados. Fiz questão de destacar o trabalho dessas três mulheres para mostrar como, tantas vezes, elas são esquecidas e pouco lembradas na nossa história.
Recesso parlamentar
A partir desta semana, a Câmara Municipal de Nova Iguaçu entra em recesso das sessões plenárias ordinárias. Caso haja necessidade, o prefeito pode solicitar a manifestação da Casa na apreciação de mensagens que surjam em regime de urgência. Nesses casos, cabe ao presidente convocar os vereadores para deliberarem em sessões extraordinárias.
Muitas homenagens
Acompanho os trabalhos da Câmara Municipal de Nova Iguaçu há quase 30 anos, desde a época em que funcionava na Travessa Rosinda Martins, nº 71, no Centro, em um plenário instalado no prédio onde ficava a loja Ponto Frio.
Não me recordo de ter visto tantas homenagens feitas pelos vereadores como as que ocorreram ao longo deste ano. Nem mesmo no período em que a Casa tinha 29 vereadores - hoje são 23 - houve tantas concessões de comendas, títulos e moções quanto parece ter acontecido em 2025.
