CÂMARA MUNICIPAL DE NOVA IGUAÇU PROMOVE AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O TEMA "ABUSO PSICOLÓGICO NO ÂMBITO RELIGIOSO"

A Câmara Municipal de Nova Iguaçu realizou, na manhã desta quinta-feira (30), uma audiência pública para discutir o tema “Abuso Psicológico no Âmbito Religioso”, iniciativa do vereador Marcio Simpatia. O encontro teve como objetivo abrir espaço para o diálogo e conscientização sobre práticas de manipulação emocional e coerção dentro de instituições religiosas.

A audiência reuniu alunos de Psicologia do 5º período da Unigranrio (campus Nova Iguaçu), liderados pelos estudantes Marcos Silva e Vítor Alves, autoridades, líderes religiosos, representantes de movimentos sociais e especialistas em direitos humanos que contribuíram com reflexões e experiências sobre o tema. Diversos participantes destacaram a importância de se diferenciar a liberdade da fé de comportamentos abusivos que ferem a dignidade humana.

Durante a reunião, o vereador Marcio Simpatia ressaltou que o debate é essencial para proteger pessoas vulneráveis e garantir que a fé continue sendo um instrumento de acolhimento, e não de opressão. “A fé deve libertar, nunca aprisionar. Precisamos garantir que todos os espaços religiosos sejam ambientes de respeito, empatia e amor, e não de controle ou medo”, afirmou o parlamentar. Para o vereador Claudio Haja Luz, vice-presidente da Comissão de Assuntos Religiosos da Câmara, “discutir temas sensíveis como este é um ato de coragem e compromisso com a verdade. Nenhum tipo de abuso pode ser normalizado”, afirmou.

Especialistas presentes explicaram que o abuso psicológico no ambiente religioso muitas vezes acontece de forma silenciosa, por meio de ameaças espirituais, isolamento social ou manipulação emocional. Eles defenderam a criação de mecanismos de escuta e apoio às vítimas, além de campanhas educativas que ajudem a identificar essas situações. Participaram da mesa o advogado Lucas Diniz, o babalorixá Ewerton Santi, o pastor Newton Carvalho, a psicanalista Rosiane França e a psicóloga Adriana Oliveira.

A audiência foi marcada por um clima de respeito e reflexão, reforçando o papel do Legislativo municipal como espaço de escuta e defesa da população.