UMA MONTAGEM DE SECRETARIADO COMPLICADA - Correio da Lavoura

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8 de dez. de 2020

UMA MONTAGEM DE SECRETARIADO COMPLICADA

*Almeida dos Santos


Com muitos aliados de peso, em especial neste início de segundo mandato que começa a partir de janeiro de 2021, o prefeito Rogerio Lisboa (PP) terá que atendê-los. E olha que não são “raias” miúdas da política. A maioria com mandatos e, mais ainda, com força política. Dr. Luizinho, deputado federal que foi o anfitrião de Lisboa na chegada ao PP, é um deles. Mas a lista é grande, inclusive envolvendo o cacique do DEM, Rodrigo Maia, e o próprio vice, Juninho do Pneu (DEM), que deve trocar a Câmara dos Deputados para assumir o comando da Prefeitura de Nova Iguaçu ao lado de Lisboa.


Além desses nomes, e outros caciques da política fluminense, Rogerio Lisboa terá que cumprir com os partidos que estiveram na base, inclusive o próprio PSL, que ele levou, mas não ficou. Nessa lista ainda tem o PV, o Avante, o PDT, o PL, o MDB e o Cidadania.

Qual engenharia o prefeito fará para atender a esses partidos, não imagino. Mas há nomes que representam essas legendas e que já fazem parte desta gestão. Podemos destacar Miguel Ribeiro, do Cidadania, o Avante do Xandrinho, o PDT que possui a Secretaria de Esporte e Lazer, essa com o Alexandre Batista Pinto. Não coloco o nome do Manoel Barreto na cota do PDT por entender que ele é da cota pessoal do prefeito. Exceto se houver mudança na Secretaria de Esportes, que deve ficar na conta do partido e permanecer no governo. Isso por dois motivos: pela ligação de confiança do Manoel com o prefeito, e devido ao trabalho que ele vem desenvolvendo neste momento de pandemia.


Referente ao PV, não creio que a secretária que hoje se encontra ocupando a pasta de Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, hoje comandada pela Fernanda Braga, permanecerá na cota do partido. Primeiro pela simples razão que, segundo informações, a Secretaria será desmembrada. E se ficar com o partido, particularmente, não creio que Fernanda permaneça no cargo. Poderá ter outra função, mas não representa o PV local.


Na Cultura acredito que Marcus Monteiro permanecerá. E apesar da sua ligação com o PV, vejo que ele tem um bom trabalho e conta, ainda, com a simpatia da primeira-dama, Erika Ammon. Marcus tem feito o dever de casa, isso considerando o pouquíssimo orçamento que Rogerio Lisboa e a sua equipe econômica destina para essa pasta tão importante. Quem me conhece sabe o quanto sou crítico do orçamento que não chega a 0,5%.

É claro que essas são análises que partem do que imagino que o governo Rogerio Lisboa fará. Mas entendo que agora o vice que chega para governar com Lisboa vai querer o seu espaço. O que pode fazer muita coisa mudar. Será uma montagem governamental que vai dar trabalho.

*Almeida dos Santos é Jornalista.